Detona Ralph conta a história de um vilão de jogo de fliperama. Cansado de ser maltratado por ser o malvado, ele decide provar que na verdade é um cara legal e que pode ser o mocinho se assim quiser. Com esse idea fixa ele parte rumo a conquista de uma medalha de herói, a qual ele acredita que pode mudar o rumo de sua reputação e história.
Tendo assistido duas vezes a nova animação da Disney, aproveito pra fazer mais uma comparação entre expectativa e realidade.
Expectativa: há alguns meses atrás, meu caro amigo Rafael “Jedi” Martins me comunicou sobre um lançamento da Disney que estava sendo tratado como um “Toy Story” feito para gamers. No trailer apareceram personagens dos jogos dos meus tempos de criança. A expectativa era a melhor possível: um filme da Disney temperado com lembranças nostálgicas.
Realidade: Sinceramente, foi decepcionante. Só não saí mais triste do cinema porque minha Princesinha adorou o filme, tanto que tivemos que assistir uma segunda vez (assistir em termos… Penny e eu dormimos o repeteco todo).
Pra quem foi ao cinema esperando referências de jogos ou mesmo um filme ambientado no tema games, acabou se sentindo enganado. Os meus velhos companheiros de infância aparecem tão pouco no filme que nem dá pra sentir a emoção do reencontro.
E o plano de fundo, que era pra ser o chamariz dos gamers, do meio do filme em diante, acaba se perdendo. No momento em que a graciosa Vanellope aparece, o foco muda e a história se transforma num conto de princesas. Nesse momento acaba qualquer referência aos games e na minha modesta opinião, até o pobre Ralph fica em segundo plano.
Ou seja: a Disney tentou misturar fofices com nerdices e o resultado não foi nem lá nem cá. Ao mesmo tempo em que curti ver o Kano do Mortal Kombat dando um fatality e arrancando o coração de um zumbi, achei a cena um pouco forte para as crianças.
Mas o fato é que no geral, o resultado tem agradado. Apesar de toda propaganda enganosa feita em volta dos personagens de games antigos para atrair os adultos, o conto de fadas conquistou as crianças. Não há como negar que o desenho é bem feito e a trama (apesar de às vezes contar com mais elementos do que o necessário) é bem amarrada, simples de entender e fácil de acompanhar. Como já disse para vários amigos meus que estavam com vontade de assistir o filme, se você não tiver uma companhia mirim para levar, não vá sozinho. Mas se puder levar sobrinhos, primos ou filhos, vá assistir desprovido de expectativas. A animação foi feita pra eles e não para nós.
PS: Sobre o “Avião de Papel”
Vale ressaltar o ótimo curta em 2D, exibido antes do longa. Ficou evidente que se tendo boas ideias, não é necessário exagerar em tecnologias de ponta e animações especiais para ser um sucesso. O curta mudo em preto e branco prendeu a atenção da criançada do começo ao fim como se fosse uma coisa comum para eles. Ponto positivo pra Disney.
Ai eu amei esse filme !! E esse curta também é lindo!!
Surpreendente o curta, né Mari?
Demais, um 2D nessa era louca de tecnologia, sem falas e com muito o que dizer !! :p